A casa recém alugada por nós era antiga, apesar de já ter passado por uma boa reforma pelos inquilinos anteriores para adequá-la às suas necessidades na época. Os espaços internos estavam com muitas divisões para abrigar vários consultórios. Possuía uma área externa ampla que não era utilizada por estar em bastante desnível, além de um lindo terreno aos fundos com algumas árvores antigas, também sem uso e com bastante entulho e mato. Com estas condições iniciais, alguns dos nossos muitos desafios foram:
-A necessidade de derrubada de várias paredes com segurança (sem comprometer a estrutura de sustentação do telhado); -Acharmos soluções para a construção de 2 banheiros; -Dar uma sensação de respiro e amplitude à pequena área de atendimento; -Tornar a fachada mais acolhedora; -Economizarmos, o máximo possível, tempo e materiais (sempre que possível reciclamos o que já existia na casa); -Atender a todas exigências da ANVISA para este tipo de empreendimento; -Obter com as cores os resultados de boa parte da ambientação;
A reforma, e depois a pintura, duraram juntos exatos 5 meses. Todo o processo teve que ser muito bem gerenciado e encadeado para não termos prejuízo com infindáveis protelações na inauguração. Mesmo assim, adiamos a mesma por um mês, quando ao meio do processo percebemos que por questões de entrega de equipamentos e finalização da pintura, não estaríamos prontos na data inicialmente prevista para a mesma.
O amor da Eduarda por plantas e uma vida de dedicação à jardins, com a grata ajuda da sua irmã Margarida, também apaixonada por plantas, transformou o espaço externo da casa em um jardim frondoso e colorido. O pátio foi nivelado com tijolos de demolição e ganhou um canteiro, muitos vasos e uma jardineira de trepadeiras inspirada em uma imagem japonesa.
O jardim dos fundos tinha um muro sem utilidade que foi demolido e muito entulho e árvores secas precisaram ser removidos. Seu chão foi parcialmente calçado com blocos para receber mesinhas, mas a maior parte foi gramada. Construímos canteiros que bordearam as paredes ao redor e as lindas árvores que já existiam. Pintamos de verde todo o muro que o rodeava para neutralizá-lo visualmente.
As cores da casa foram longamente pensadas e combinadas. À procura de calor, acolhimento e beleza para todos os espaços. Recebemos muitos olhares e sugestões, especialmente das artistas Anna, nossa filha, e sua amiga @mairalimap, que também sugeriu que mantivéssemos uma parede velha, descascada e bela do vizinho, só tampando um pouco com tábuas rústicas e antigas de demolição.
Aos poucos a La Madeleine ia nascendo, se colorindo, se vestindo e se tornando esse espaço tão querido por nós.
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